top of page

Falcoentrevista - Marisol Pacchiano

Marisol Pacchiano

Fotografía de Othón Mojica

A Falcoentrevista de hoje é com Marisol Pacchiano, uma famosa falcoeira mexicana. Para quem ainda não teve o prazer de ver os vídeos da Falcoaria mexicana é bom acessar o youtube, um dos locais mais belos onde se prática muito a falcoaria com grandes falcões e açores na caça aos patos. Não é atoa que muitos renomados falcoeiros tem verdadeira adoração pelos campos mexicanos. Marisol se tornou uma grande amiga e incentivadora do grupo Falcoeiras BR e temos o prazer de termos em nossa página um pouco de sua história, como não podia deixar de ser... no final da nossa entrevista teremos umas fotos dos quadros pintados por Marisol. Sim, além de uma grande Falcoeira é uma grande artista.


Divirtam-se e bons voos!

Meu falcão é uma fêmea de Peregrino anatum de 3 anos e seu nome é Matilda. Comecei a voar falcões no ano de 1971, quando eu tinha 12 anos de idade.


Mi halcón es una hembra de Peregrino anatum de 3 años y su nombre es Matilda. Empecé a volar halcones en el año de 1971, cuando yo tenía 12 años.

1.-Qual foi o seu primeiro contato com a falcoaria e por que decidiu ingressas nesta antiga arte?


Quando eu tinha 11 anos, nos mudamos para viver no bairro de Coyoacán na Cidade do México. A partir desta idade eu já tinha muito claro que queria estudar medicina veterinária, meu pai inspirou em mim a um jovem amor e respeito pelos animais e toda a natureza, a minha única responsabilidade era naquele tempo estudar e ter os meus animais de estimação (tartarugas, peixes, cobra e esquilo) nas melhores condições. Minhas irmãs, Laura e Alma, mais velhas que eu, eram namoradas dos dois irmãos, Ricardo e Aldo Pacchiano, que eu não conhecia, embora nós éramos vizinhos. Um dia eu acompanhei minha irmã Alma para a loja e na volta encontramos Aldo, seu namorado, que nos convidou para sua casa para conhecer o Falcão de seu irmão - Falcão .... ??? Deve ser lindo!!! - Eu pensei que, em qualquer outra situação, eu provavelmente teria me recusado a entrar na casa da família Pacchiano, mas "tinha um falcão" Eu não poderia deixar passar a oportunidade de ver pela primeira vez um falcão e mais rápido do que ninguém entrei na casa onde tudo começou ... desde o primeiro momento que eu o vi, eu não sei o que aconteceu no meu cérebro, mas tudo mudou, era o mais belo e perfeito que eu tinha visto na minha vida, cada pluma era uma obra arte!! Com uma elegância e graça!! Os olhos, com um olhar profundo e indescritível, que só os falcoeiros podem sentir... Eu fiquei sem palavras sem fôlego não podia acreditar em tal perfeição. Minha irmã teve que me empurrar para fora da casa. Uma vez que eu pude falar, tudo o que eu lhe disse foi - Você viu como é bonito o falcão? - E ela muito afastada dele respondeu - Não vi o irmão-. O irmão famoso, Raul é agora meu marido Pacchiano.


Mas eu não me adianto, desde que eu conheci o Kestrel de Raul, eu pedi ao meu pai para me comprar qualquer revista ou livro relacionado com falcões, mas naquela época não havia praticamente nada relacionado a esta questão, depois de várias semanas eu conheci Raul e ele me convidou para ver sua fêmea de Harris caçar chamada Cintia e lá definitivamente perdi a cabeça, sem pensar em nada além de bicos, garras, penas e namorado.

1.-¿Cuál fue tu primer contacto con la cetrería y por qué ha decidido ingresar en este arte tan antiguo?


Cuando yo tenía 11 años de edad, nos cambiamos a vivir a la colonia Coyoacán en la ciudad de México. Desde esta edad yo ya tenía muy claro que quería estudiar veterinaria, mi padre me inculcó desde muy pequeña el amor y respeto a los animales y a toda la naturaleza, mi única responsabilidad en esa época era estudiar y tener a mis mascotas (tortugas, peces, culebra y ardilla) en óptimas condiciones. Mis hermanas, Laura y Alma, mayores que yo, eran novias de dos hermanos: Ricardo y Aldo Pacchiano, yo no los conocía, aunque éramos vecinos. Un buen día acompañé a mi hermana Alma a la tienda y de regreso nos encontramos a Aldo, su novio, quién nos invitó a pasar a su casa para conocer al halconcito de su hermanito.... -halconcito??? Debe ser precioso!!!- Pensé, en alguna otra situación seguramente me hubiera negado a entrar a la casa de la familia Pacchiano, pero “tenían un halconcito” no podía dejar pasar la oportunidad de ver por primera vez un halcón y más rápido que nadie entré a la casa y ahí empezó todo... desde el primer momento que lo vi, no sé que pasó en mi cerebro, pero todo cambió, era lo más hermoso y perfecto que había visto en mi vida, cada pluma era una obra de arte!! con una elegancia y gallardía!! sus ojos, con esa mirada profunda e indescriptible, que sólo los halconeros podemos sentir...me quedé sin palabras sin aliento, no daba crédito a tanta perfección. Mi hermana tuvo que sacarme a empujones de la casa. Una vez que pude hablar lo único que le dije fue - ¿Viste que bonito el halconcito? – y ella muy quitada de la pena me contestó – Es que no has visto al hermanito - . El famoso hermanito, ahora es mi esposo Raúl Pacchiano.


Pero no me adelanto, desde que conocí al cernícalo de Raúl, le pedí a mi papá que me comprara cualquier revista o libro relacionado con halcones, pero en ese tiempo casi no había nada relacionado a este tema, después de varias semanas conocí a Raúl y me invitó a ver cazar a su hembra de harris llamada Cintia y ahí definitivamente perdí la cabeza, ya no pensaba en otra cosa que no fueran picos, plumas garras y novio.


2 -Quais foram os seus primeiros passos como iniciante? Você teve a ajuda de alguém?


Em abril de 1971 Raul me pediu para ser sua namorada e é claro

que eu disse sim e foi então que me permitiu ajudá-lo a voar seus falcões, realmente não me deixou fazer muito, só guardar as coisas no lugar, limpar o colete, cortar o coelho, ajudar a assustar a presa, passar a isca (lure) etc. Impossível que me permitia manejar Cintia sua harris, fazer lure com Gandul seu cernicalo, muito menos chegar perto de seu Açor. Mas ainda assim eu aprendi muito. Até então, Raul já tinha começado o livro de Felix Rodriguez de la Fuente, algumas vezes ele me emprestava por um dia para ler um capítulo. Em maio de 1972, quando eu tinha 13 anos, ele veio à minha casa com um presente especial, um macho de cernicalo ao qual chamei de "Kid", que foi meu companheiro de caça por quase 5 anos, no início era o terror dos lagartos, tempos depois o fizemos altaneiro e o levavamos aos viveiros de Coyoacán para caçar pardais espanhois. Devo confessar que tudo aprendi com Raul, num primeiro momento, é claro que havia desentendimentos, brigas e várias vezes terminamos o namoro pela forma de manejar Kid, nós realmente éramos crianças aprendendo sobre voar, embora ele soubesse obviamente muito mais do que eu . A melhor decisão que tivemos foi que ele poderia me sugerir algo durante o voo, mas não era uma ordem, eu poderia decidir se eu fizia ou não ... é claro, perdi Kid duas vezes, mas eu sabia que ia recuperar, embora tivesse que ouvir uma ladainha irritante, mas só assim, tendo a plena responsabilidade no meu falcão ... e eu aprendi ao longo do tempo como recuperálo.

2.-¿Cuáles fueron tus primeros pasos como iniciante? ¿Usted tuvo la ayuda de alguien?


En Abril de 1971 Raúl me pidió que fuera su novia y por supuesto le dije que sí y fue entonces que me permitió ayudarlo a volar a sus halcones, realmente no me dejaba hacer mucho, sólo guardar las cosas en su lugar, limpiar el chaleco, destazar al conejo, ayudarle a asustar a la presa, pasarle el señuelo etc. Imposible que me permitiera manejar a Cintia su harris, señolear a Gandul su cernícalo, y mucho menos acercarme a su azor. Pero aún así aprendí mucho. Para ese entonces, Raúl ya había conseguido el libro de Félix Rodríguez de la Fuente, algunas veces me lo prestaba por un sólo día para que leyera algún capítulo. En Mayo de 1972 cuando yo tenía 13 años llegó a mi casa con un extraordinario regalo, un machito de cernícalo al cual llamé “Kid”, quien fue mi compañero de caza por casi 5 años, en un principio era el terror de las lagartijas, tiempo después lo hicimos altanero y lo llevábamos a los viveros de Coyoacán para cazar gorrioncitos españoles. Debo confesar que todo lo aprendí de Raúl, al principio por supuesto que teníamos desacuerdos, peleas y varias veces hasta terminamos nuestro noviazgo por la forma de manejar a Kid, realmente éramos unos niños aprendiendo sobre la marcha, aunque él sabía obviamente mucho más que yo. La mejor decisión que tomamos fue que él me podía sugerir algo durante el vuelo, pero NO era una orden, yo podía decidir si lo hacía o no... y por supuesto que perdí a Kid dos veces, pero sabía que él me lo iba a recuperar, aunque tuviera que oír una letanía de regaños, pero sólo así, teniendo toda la responsabilidad de mi halcón aprendí... y con el tiempo hasta a recuperarlos.


3. Como você vê a participação das mulheres na falcoaria mundial?


Infelizmente eu acho que poucas mulheres praticam a falcoaria no mundo agora, mas eu vejo com grande prazer que está aumentando dia a dia, o que posso garantir é que as falcoeiras que eu conheço têm um nível elevado neste arte, características clássicas das mulheres são notadas na formação e gestão de seus pássaros, amor, paciência, sensibilidade, tenacidade, compromisso e um alto senso de percepção. Eu acho que um dos principais compromissos que as Falcoeiras tem é orientar as novas gerações, unir e apoiar os grupos de mulheres, e participar ativamente dos programas internacionais de conservação, reabilitação, reprodução e educação. Especialmente neste último ponto, quem melhor do que as mulheres a levar um programa de educação para as crianças? Por isso, estou muito agradecida a IAF especialmente com o Grupo de Trabalho de mulheres (WWG), a que tenho a honra de pertencer, como um dos nossos principais objetivos é precisamente programas de educação interativas para crianças em todo o mundo. Em suma: O que é melhor do que uma mãe falcoaria? A mulher que ama a falcoaria, a pratica com ética e responsábilidade, transmitirá aos seus filhos o amor precoce e respeito pela natureza e incentivará momentos de união familiar no campo.


Informativo da IAF a respeito do Grupo de Mujeres Cetreras Mexicanas


3.-¿Cómo ve usted la participación de las mujeres en la cetrería mundial?


Desgraciadamente creo que en este momento somos pocas las mujeres que practicamos la cetrería en el mundo, pero veo con sumo agrado que va en aumento día a día, lo que sí puedo asegurar, es que las mujeres cetreras que conozco tienen un alto nivel en este arte, se notan las características clásicas femeninas en el entrenamiento y manejo de sus aves, amor, paciencia, sensibilidad, tenacidad, compromiso y un alto sentido de percepción. Creo que uno de los principales compromisos que tenemos las mujeres cetreras es guiar a las nuevas generaciones, unir y apoyar al gremio femenil, así como tomar parte activa en los programas internacionales de conservación, rehabilitación, reproducción y educación. Sobre todo en este último punto, ¿que mejor que la mujer para llevar un programa de educación a los niños? Por eso estoy muy agradecida con la IAF sobre todo con el Equipo de Trabajo de las Mujeres, al cual tengo el honor de pertenecer, pues uno de nuestros principales objetivos es precisamente programas interactivos de educación para niños de todo el mundo.

En definitiva ¿Qué mejor que una mamá cetrera? La mujer que ama la cetrería, que la

practica con ética y responsablemente, transmitirá a sus hijos desde pequeños el amor y el respeto a la naturaleza y propiciará momentos de unión familiar en el campo.

4. Existem muitas mulheres na Falcoaria mexicana?


No México temos uma Associação e um fórum de Falcoeiras Mexicanas, por enquanto somos apenas oito, mas estou satisfeita em dizer que temos muitos seguidores, colegas falcoeiros, que estão à procura de nós, que compartilham suas experiências, histórias e dicas que nos encorajam a seguir em frente, sempre respeitosos e mais do que dispostos a ajudar.


Um dos meus principais objetivos é aumentar o número Falcoeiras no México, temos a obrigação de ajudar uns aos outros, que possamos marcar presença, uma voz e voto em questões importantes da falcoaria perante as autoridades do meu país, que nós ajudemos em programas de educação e na divulgação desta arte antiga.

Estou convencida de que muito em breve aumentará o número de falcoeiras, porque no México existe muitas e muito boas falcoeiras, filhas, namoradas e esposas especialmente de falcoeiros, que cuidam, alimentado e ajudam no manejo com habilidade dos grandes falcões, só falta o último passo, a caça com seu próprio Falcão !!!!


4.- ¿Hay muchas mujeres en la cetrería mexicana?

En México ya tenemos una Asociación y un foro de Mujeres Cetreras Mexicanas, por ahora sólo somos ocho, pero me complace decir que tenemos muchos seguidores, compatriotas cetreros, que están al pendiente de nosotras, que nos comparten sus experiencias, anécdotas y consejos, que nos animan a seguir adelante, siempre respetuosos y en la mejor disposición de ayudarnos.


Una de mis grandes metas es aumentar el número de mujeres cetreras en México, que estemos unidas para ayudarnos mutuamente, que podamos tener presencia, voz y voto en los temas importantes de cetrería ante las autoridades de mi país, que ayudemos en programas de educación y difusión de este arte milenario.

Estoy convencida de que muy pronto aumentará el número de cetreras, pues en México existen muchas y muy buenas mujeres halconeras, hijas, novias y sobre todo esposas de cetreros, quienes cuidan, alimentan y manejan con gran destreza a los halcones, sólo falta el último paso, cazar con su propio halcón!!!!

5 - Quais os maiores desafios para uma Falcoeira?

Praticar a falcoaria sempre é um desafio, investigar, ler, perguntar, buscar um mestre falcoeiro, decidir qual Falcão é mais apropriado, adquiri-lo, confeccionar um milhão de capuzes, trelas, sinos, leashs... investimentos com binóculo, telemetria, balança, cabide, colete. Noites na velada, manejo adequado da comida, pesar e

voltar a pesar, reflexos condicionados, repetições, saidas diárias ao campo, erros, quedas, molhar-se, espinhadas, insolações, perseguições, quilômetros e quilômetros e mais quilômetros.... Mas, sem dúvida, a mulher tem outros desafios a superar, a aceitação de seus pais e/ou esposo, organizar muito bem seu tempo para combinar suas obrigações diárias com a falcoaria e ainda mais quando se é mãe, mas possivelmente o maior desafio é poder ir ao campo sozinha, devido a insegurança pelo México nos dias de hoje.

Nós aceitamos os desafios e os superamos, pois o prêmio vale a pena!!!

Não a nada como sair ao campo com seu falcão, esquecer a confusão e problemas da cidade, retornar à sua origem, a natureza no seu melhor, sentir o sol, o ar ... e seu cúmplice em seu punho ... começar a aguçar os sentidos ... e desencaperuzar ... voar, voar, voar, até que a adrenalina toma conta do seu corpo quando a presa levanta voo e começa a perseguição e até mesmo se não matar, ver seu falcão retornar à sua isca (lure) é indescritível !!!! Quantos desafios tiveram de ser superados? Muitos, mas valeu a pena? SIM, SIM, SIM.

5.- ¿Cuáles son los mayores retos para una mujer cetrera?


Practicar cetrería siempre es un reto, investigar, leer, preguntar, buscar un maestro cetrero, decidir que halcón es el apropiado, adquirirlo, confeccionar una y mil caperuzas, pihuelas, señuelos, lonjas.... Inversiones cómo binoculares, telemetría, báscula, perchas, chalecos. Noches de desvelo, manejo adecuado de la gorja, pesarlos y volverlos a pesar, reflejos condicionados, repeticiones, salidas diarias al campo, errores, caídas, mojadas, espinadas, insoladas, persecuciones, kilómetros, kilómetros y más kilómetros......... Pero sin lugar a dudas la mujer tiene otros retos que superar, la aceptación de los padres o el esposo, organizar muy bien su tiempo para poder compaginar sus obligaciones diarias con la cetrería y más aún cuando se es madre, pero posiblemente el mayor reto es poder salir al campo sola, debido a la inseguridad por la que está pasando México en estos días. Todos estos retos los aceptamos y los superamos, pues el premio lo vale!!!! No hay nada como salir al campo con tu halcón, olvidarte del bullicio y los problemas de la ciudad, volver a tu origen, la naturaleza en su máxima expresión, sentir el sol, el aire... y tu cómplice en el puño ... empiezan a agudizarse los sentidos... desencaperuzas y... vuelas, vuelas, vuelas, hasta que la adrenalina se apodera de tu cuerpo cuando la presa levanta el vuelo y la persecución comienza y aún cuando no la mate, el ver a tu halcón regresar a tu señuelo es indescriptible!!!! ¿Cuántos retos se tuvieron que superar? MUCHOS pero ¿valió la pena? SI, SI, SI.

6. Você acha que existe "Machismo" e "preconceito" de falcoeiros com as falcoeiras?

Apesar do México ter a fama de "machista" em nenhum momento eu me senti como falcoeira. Pelo contrato, sempre tive o apoio da maioria da Associação, foram educados e respeitosos, me convidam aos torneios como qualquer outro, e mais, muitos deles me pedem para falar com suas esposas e animar-las a praticas a falcoaria.


Como toda honestidade são realmente excepcionais, por exemplo, no ano passado no 2º Torneio de Pachuca a "Matilda" minha fêmea de Peregrino na sua vez de competir e estando a 600 mts de altura aproximadamente, sobre um bando de patos rosas e Matilda deu um picado...... e por mais que chamasse na isca (lure) ela desapareceu.

Imediatamente vários amigos me ajudaram a buscar, depois de 1 hora a encontramos em um pasto com metade do pato e papo cheio, quando eu tentei chegar perto ela se assustou e voltou voando tão alto que perdemos outra vez, voltamos ao evento para ver competir os últimos falcões , possivelmente por estress me deu uma enxaqueca, tão intensa, que não podeia ver com um olho, regresssei a sede do hotel e fui direto para a cama e eles foram localizar a Matilda, a encontraram possivelmente as 23:30 mais de 50 km de onde tinha voado, estava parada no alto de um poste, uma vez localizada sabiam que ali iria passar a noite e voltaram para "dormir" , obviamente não o fizeram porque as 3:30 sairam novamente para chegar antes de amanhacer ao lugar de onde havia passado a noite, passaram mil dificuldaes, frio intenso, cansaço, fome, quilômetros e quilômetros de caminhada, ainda estava escuro Matilda passou de uma torre de luz para outra... até que finalmente depois de várias horas a recuperaram!!!!! E a partir daí os pobres, mesmo sem ter tomado o café da manhã, eles foram direto para o campo de voo, uma vez que começou a final. Minhas eternas graças a Rafael Sanchez, Pedro Jorge Martinez, Jose C. Duran, Luis Antonio Martinez e, obviamente, o meu marido por trazerem de volta Matildita minha companheira de voo. Este é apenas um exemplo de muitos. Suas piadas e até mesmo suas piadas são com respeito, me fazem rir muito, às vezes discordamos, raramente ficamos com raiva, mas sempre solucionamos nossas diferenças e seguimos em frente.


Eles são a minha principal fonte de inspiração para as minhas pinturas, suas críticas e comentários foram muito útil, dando-me palavras de encorajamento para continuar. Somos competitivos entre nós, mas a irmandade vai em frente e em nenhum momento me senti discriminada, pelo contrário, sinto-me integrada, respeitada e até mesmo mimada!! Agradeço a todos e cada um dos falcoeiros do meu país e do mundo por fazer parte da minha vida.

6.- ¿Cree usted que hay un “Machismo” y “Perjuicios” de los halconeros con las mujeres cetreras?


A pesar de que en México se tiene fama de “machismo” en ningún momento lo he sentido como cetrera, al contrario, siempre he tenido el apoyo de la mayoría del gremio, han sido educados y respetuosos, me invitan a los torneos como a cualquier otro, es más, muchos de ellos me han pedido que hable con sus esposas para animarlas a practicar la cetrería.


En honor a la verdad son excepcionales, por ejemplo, el año pasado en el 2do Torneo de Pachuca a “Matilda” mi hembra de Peregrino le tocó el turno de competir y estando a 600metros de altura aproximadamente, se levantó una parvada de patos y Matilda picó.......... y por más que la llamé al señuelo desapareció. Inmediatamente varios amigos me ayudaron a buscarla, después de 1 horas la encontramos en un pastizal con medio pato y buche lleno, cuando traté de acercarme se asustó y retomó el vuelo, tan alto que la perdimos otra vez, regresamos al evento para ver competir a los últimos halcones, posiblemente por el estrés me dio una migraña, tan intensa, que no podía ver con un ojo, regresamos al hotel sede yo directo a la cama y ellos fueron a localizar a Matilda, la encontraron aproximadamente a las 11:30 pm a más de 50 km del lugar de vuelo, estaba parada en lo alto de una torre de alta tensión, una vez localizada sabían que ahí iba a pernoctar y regresaron a “dormir” que obviamente no lo hicieron pues a las 3:30am salieron nuevamente para llegar antes de que amaneciera al lugar donde había pasado la noche, pasaron mil penurias, frío intenso, cansancio, hambre, kilómetros y kilómetros de caminata, pues Matilda aún oscuro se pasaba de una torre de luz a otra...... hasta que por fin después de varias horas la recuperaron!!!!! Y de allí los pobres sin siquiera haber desayunado, se fueron directo al terreno de vuelo, pues empezaban las finales. Mi agradecimiento eterno a Rafael Sánchez, Jorge Pedro Martínez, José C Durán, Luis Antonio Martínez y obviamente a mi esposo por regresarme a Matildita, mi compañera de vuelo. Este es tan sólo un ejemplo de muchos.

Sus bromas y hasta sus burlas son con respeto, me hacen reír mucho, algunas veces no estamos de acuerdo, muy pocas veces nos enojamos pero siempre arreglamos nuestras diferencias y seguimos adelante.


Ellos son mi principal fuente de inspiración para mis pinturas, sus críticas y comentarios han sido de gran ayuda, me dan palabras de aliento para seguir adelante.


Somos competitivos entre nosotros, pero la hermandad va por delante y en ningún momento me he sentido discriminada, al contrario, me siento integrada, respetada y hasta consentida!! agradezco a todos y cada uno de los cetreros de mi país y del mundo entero por ser parte de mi vida.

7. Conte-nos um pouco sobre os principais eventos de alto voo no México. Você participa também?


A história do torneio no México é longa, possivelmente, o primeiro torneio foi em 1988 no estado de Puebla, o segundo foi em 1989, em Tequisquiapan onde eu morava. Ficaram na minha casa para dormir cerca de 12 falcoeiros, foi uma experiência incrível!!! Cheia de anedotas (histórias) e onde pela primeira vez meu filho Aldo David ajudou seu pai a voar em uma competição para Cándide.

Continuaram realizando em lugares diferentes, mas tornou-se tradição "La Pitaya" no estado de Querétaro, lugar para ir falcoeiros de todo o país, esta grande conquista foi graças aos esforços de vários falcoeiros, Jorge Pedro Martinez, Francisco Vazquez, Marco Zarate e muitos outros que simplesmente ajudam participando como juízes e patrocinadores.

Tenho o prazer de mencionar que em La Pitaya Andrea Medina, aos 16 anos, ganhou o 2º lugar em 2014 e quinto em 2015, sem dúvida, uma grande honra para as Mujeres Cetreras Mexicanas.


Em 2014 o primeiro torneio de "Altanería Pachuca 2014" foi realizada por iniciativa de Ruben Vazquez, com 23 falcões neste torneio Matilda e eu ficamos em terceiro lugar.

Em 2015 fomos desqualificadas, como mencionei anteriormente, tivemos a má sorte que justo quando ela estava esperando o pombo, um bando de patos levantou-se, ela deu um picado e matou um deles.

Também em 2015, o “Primer Torneo de la Amistad” por "Command Harris" e Antonio Camaaño, onde tive a honra de ser convidado como juiz, aceitei com prazer e eu percebi a grande responsabilidade que tem um juiz!! Meus respeitos a todos os juízes!!!

Primer Torneo de la Amistad

Nesta competição Andrea Medina devolveu para nós orgulhosos pela conquista do terceiro lugar. Também um reconhecimento merecido para Thiare Zs que já participou nestes torneios com alegria singular e que é sempre disposta a ajudar a falcoaria mexicana.


Espero que em 2016 mais mulheres envolvidas.


7.-Cuéntanos un poco acerca de las Reuniones de alto vuelo en México.¿Participarán también?


La historia de los Torneos en México es larga, posiblemente el primer torneo fue en 1988 En el Estado de Puebla, el segundo fue en 1989, en Tequisquiapan en donde yo vivía. Llegaron a mi casa a dormir aproximadamente 12 cetreros, fue una experiencia increíble!!! Llena de anécdotas y en donde por primera vez mi hijo Aldo David ayudó a su papá a volar en una competencia a Cándido.


De ahí se siguieron realizando en diferentes lugares, pero se hizo tradición “La Pitaya” en el Estado de Querétaro, lugar al que acuden halconeros de todo el país, este gran logro a sido gracias a los esfuerzos de varios cetreros, Jorge Pedro Martínez, Francisco Vázquez, Marco Zárate y muchos otros quienes por el simple hecho de ayudar han participado como jueces y patrocinadores.

Me complace mencionar que en La Pitaya Andrea Medina a sus 16 Años, ganó el 2do lugar en 2014 y el quinto lugar en 2015, sin lugar a dudas un gran orgullo para las Mujeres Cetreras Mexicanas.


En 2014 se realizó el primer torneo de “Altanería Pachuca 2014” por iniciativa de Rubén Vázquez, con una participación de 23 halcones, en este torneo Matilda y yo quedamos en tercer lugar.

[endif]--![endif]--


En el 2015 fuimos descalificadas, como ya lo comenté con anterioridad, tuvimos la mala suerte de que justo cuando ella estaba esperando a la paloma, se levantó una parvada de patos, picó y mató a uno de ellos.


También en 2015 se realizó el “Primer Torneo de la Amistad” realizado por “Comando Harris” y Antonio Camaaño, en donde tuve el honor de ser invitada como juez, acepté con mucho gusto y me di cuenta de la gran responsabilidad que tiene un juez!! Mis respetos a todos los jueces!!!


En esta competencia Andrea Medina nos volvió a enorgullecer ganando el tercer lugar. También un reconocimiento muy merecido a Thiare Zs quien ha participado en estos torneos con su singular alegría y quien siempre ha estado dispuesta a ayudar a la cetrería mexicana.


Espero que en este 2016 participen más mujeres.


8. Como você consegue equilibrar família, trabalho e falcoaria?

Durante minha época de adolescente não tive nenhum problema de tempo, dinheiro e espaço para praticar a falcoaria, meu pai sempre me icentivou e apoioi em tudo que se relacionava com a natureza, minha mãe que sempre reclamou quando levava um novo animal de estimação, terminava aceitando, a que realmente nunca quis foi "Nefertiti" uma boa constrictor (Jiboia) que Raúl me deu de presente quando completei 15 anos, de modo economicamente meu pai ajudava com todos os gastos o jardim era suficientemente grande para "Kid" e todo o meu "zoologico".

Pela manhã obviamente me dedicava a escola, parte da tarde era para voar Kid, meu campo de caça era os viveiros de Coyoacán que estava a 10 quarteirões de minha casa, então eu nao tive nenhum problema para me descolar.

Quando me casei para mim foi realmente fácil seguir com a falcoaria pois meu esposo era o primeiro fã da prática, a minha lua de mel foi em uma praia observando a migração dos falcões e

tempos depois nos fomos viver em um vilarejo no estado de Querétaro onde praticamente viviamos no campo, Raúl trabalhava em uma fazenda de aves perto de casa assim aproveitavámos o horário do almoço para voar a "Negra e o " Cándido" e a tarde depois do trabalho voava o Açor.

Durante minhas duas gestações eu tive que ficar em casa porque elas eram de alto risco e não acompanhava até que meus filhos fizessem 6 meses de idade e, posteriormente, sempre saíamos juntos ao campo. Quando meu filho mais novo Raul entrou no jardim de infância eu aproveitei também para trabalhar em um projeto da ONU, em seguida, Raúl tinha mais reponsabilidades em em seu trabalho e, portanto, sem perceber, cada vez tinhamos menos tempo para os falcões e mais gastos na família, então só ficamos com "Cándido" que voamos vários anos, até que um dia se foi.

Nos nós mudamos para viver na cidade de Querétaro, e ali tomamos uma decisão, era hora de dedicar mais tempo aos filhos e trabalho, México passava por um período difícil economicamente, por isso, decidimos deixar a falcoaria, se nós não podiamos praticar como se deveria ser, então NÃO fariamos e com toda dor em nossos corações a deixamos durante vários anos.

Quanto tivemos uma boas estabilidade econômica nos retornamos e desta vez com mais força!!!


8.-¿Cómo te las arreglas para conciliar la vida familiar, el trabajo y la cetrería?


Durante mi época de adolescente no tuve ningún problema de tiempo, dinero y espacio para practicar la cetrería, mi papá siempre me alentó y apoyó en todo lo que se relacionaba con la naturaleza, mi mamá aunque siempre se quejaba cuando llevaba a una nueva mascota, terminaba aceptándola, a la que realmente nunca quiso fue a “Nefertiti” una boa constrictor que Raúl me regaló cuando cumplí 15 años, así que económicamente mi papá corría con todos los gastos y el jardín era lo suficientemente grande para “Kid” y todo mi “zoológico”. La mañana obviamente la dedicaba a la escuela, parte de la tarde era para volar a Kid, mi campo de caza eran los viveros de Coyoacán que estaba a 10 cuadras de mi casa por lo que no tenía ningún problema para transportarme.

Cuando me casé para mi fue realmente fácil seguir con la cetrería pues mi esposo era el primer fanático en practicarla, mi Luna de Miel fue en la playa observando la migración de los halcones, tiempo después nos fuimos a vivir a un pueblo en el estado de Querétaro en donde prácticamente vivíamos en el campo, Raúl trabajaba en unas granjas avícolas muy cerca de la casa así que aprovechábamos la hora de la comida para volar a la “Negra” y a “Cándido” y en la tarde después del trabajo volábamos al azor. Durante mis dos embarazos tuve que quedarme en casa pues fueron de alto riesgo y no volvía a acompañarlo hasta que mis hijos cumplieran 6 meses de edad y de allí en adelante siempre salíamos todos juntos al campo. Cuando Raúl mi hijo el menor, entró al kinder yo aproveché también para trabajar en un proyecto de la ONU, para ese entonces Raúl tenía cada vez más responsabilidades en su trabajo y así, sin darnos cuenta, cada vez teníamos menos tiempo para los halcones y más gastos en la familia, así que sólo nos quedamos con “Cándido” al que volamos varios años más, hasta que un día se fue.

Nos cambiamos a vivir a la ciudad de Querétaro, y allí tomamos una decisión, era tiempo de dedicarle más tiempo a los hijos y al trabajo, México pasaba por un período difícil

económicamente, así que decidimos dejar la cetrería, si no la íbamos a poder practicar como debe de ser, entonces NO lo haríamos y con todo el dolor de nuestros corazones la dejamos durante varios años. Cuando tuvimos una buen estabilidad económica la retomamos y esta vez con más fuerza!!!!


9 - Você gostaria de deixar uma mensagem para as Falcoeiras do Brasil.


A todas as falcoeiras brasileiras, desejo sucesso que sigam tendo muito exito nesta arte, teem tudo para isso, um país bonito, belos lugares cheios de presa, continuem praticando, não se deem por vencidas, provavelmente vão existir momentos difíceis, de grandes decisões e até, possivélmente, em alguns momentos de suas vidas devam deixar de pratica-la por algum tempo. Mas lembre-se sempre que a falcoaria só traz coisas boas. A Falcoaria te faz mais sensível, atenta, responsável, perspicazes, tenaz, qualidades que ajudam você em todos os aspectos de sua vida, você tem uma grande oportunidade para educar os seus filhos rodeado pela natureza, incutir responsabilidade, amor e respeito por todos os seres vivos. Além disso, você faz exercicios sem precisar ir a academia, sem dúvida, é muito mais divertido. o que é melhor que ir para o campo e caçar com seu falcão?

Vocês são pioneiras na falcoaria em seu país e, portanto, têm uma grande responsabilidade, são o exemplo para as novas gerações, talvez as mães de futuros falcoeiros, vamos praticar de forma responsável.


Estou muito feliz por contar com a amizade de Alessandra Oliveto, nós falamos sobre o futuro da falcoaria e um dos nossos objetivos é nada além de fortalecer os laços de amizade entre as falcoeiras mexicanas e brasileiras, mas para fazer uma irmandade em todas a América.

Gracias Alessandra

Falcoeiras BR


9.-¿Le gustaría dejar un mensaje para las mujeres cetreras de Brasil?


A todas la mujeres brasileñas cetreras, les deseo que sigan teniendo mucho éxito en este arte, tienen todo para lograrlo, un país hermoso, lugares paradísiacos llenos de presas, sigan practicándola, no se den por vencidas, aunque seguramente van a existir momentos difíciles, de grandes decisiones y hasta posiblemente en algún momento de sus vidas deban dejar de practicarla por algún tiempo. Pero siempre recuerden que la cetrería sólo trae cosas buenas. La cetrería te hace más sensible, observadora, responsable, perspicaz, tenaz, cualidades que te ayudan en todos los aspectos de tu vida, tienes la gran oportunidad de educar a tus hijos rodeados por la naturaleza, inculcándoles responsabilidad, amor y respeto a todo ser vivo. Además se hace ejercicio sin necesidad de ir al gimnasio y sin lugar a dudas, es mucho más divertido ¿qué mejor que ir al campo y cazar con tu halcón?

Ustedes son pioneras de la cetrería en su país y por lo tanto tienen una gran responsabilidad, son el ejemplo a seguir de las nuevas generaciones, quizá las madres de futuros cetreros, practiquémosla con responsabilidad.


Soy muy afortunada al contar con la amistad de Alessandra Oliveto, hemos platicado sobre el futuro de la cetrería y una de nuestras metas es no nada más fortalecer los lazos de amistad entre las cetreras mexicanas y las brasileñas, sino hacer una hermandad en toda América.

Gracias Alessandra

Falcoeiras BR


PINTURAS DE MARISOL PACCHIANO

![endif]--

Recent Posts
bottom of page