top of page

REABILITAÇÃO E SOLTURA DE AVES DE RAPINA EFETUADA PELO CENTRO DE REABILITAÇÃO DE AVES SILVESTRES (Ce

Com o crescimento da população e a aproximação das cidades às florestas, houve um aumento no numero de aves de rapina doentes e/ou machucadas pelo homem (1). O tratamento para esses animais debilitados vem sendo focado há décadas e nos últimos 5 anos, é visível o aumento da criação de centros de reabilitação de rapinantes envolvendo profissionais da área (2). O CeRAS, Centro de Reabilitação de Aves Silvestres, foi criado com o intuito de reabilitar e realizar a soltura de aves no geral, vítimas de tráfico, criação ilegal e choques (mecânicos ou elétricos), neste a maior demanda é de aves de rapina. O objetivo deste trabalho é relatar nossa experiência com a reabilitação e soltura de aves de rapina.


Métodos.

O trabalho foi desenvolvido no CeRAS, um setor do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, localizado em João Pessoa, Paraíba. As aves são trazidas pelo Batalhão Da Policia Ambiental, passando imediatamente por uma avaliação médica pelos veterinários e, após o tratamento do animal, é decidido qual método será utilizado para a reabilitação do mesmo. Após o animal ser julgado apto para retornar a natureza, os veterinários fazem uma ultima avaliação e o animal é entregue a Policia Ambiental, sendo este encaminhado e solto no mesmo local onde foi encontrado.

Resultados e Discussão. Um dos métodos de reabilitação é a utilização de técnicas de falcoaria, onde a ave é treinada individualmente, podendo avaliar detalhadamente o rapinante em treino e sua habilidade de caça. Já a utilização de recinto de voo é o mais sugerido para centros de reabilitação, pois a mesma é feita em larga escala, com um grupo de animais de mesma espécie, reabilitando uma maior quantidade de animais de uma vez só. Até o presente momento, o centro já reabilitou e soltou 6 Gaviões-carijó (Rupornis magnirostris), 4 Corujas-da-Igreja (Tyto furcata), 3 Carcarás (Caracara plancus), 2 Corujinhas-do-mato (Megascops choliba), 1 Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), 1 Coruja-buraqueira (Athene cunicularia), 1 Gavião-preto (Urubitinga urubitinga) e 1 Gavião-de-cauda-curta (Buteo brachyurus), totalizando 19 animais.


Conclusões.

Os centros de reabilitação compensam o número de aves feridas pelo homem através de seus esforços para salvar e libertar o maior número de vítimas possível (3). Graças ao empenho contínuo da equipe do CeRAS, as aves podem retornar a natureza, enfatizando que esses centros são de grande importância para a conservação dos rapinantes e do meio ambiente.

Referências:

1. Ingram, K. 1988. Survival and movement of rehabilitated raptors. Natl. wildl. Fed. Sci. Tech. Ser.: No. 11. p. 277-281.

2. Cooper, J. E. 1987. Raptor care and rehabilitation: precedents, progress and potential. J. Raptor Res. 21(1):21-26

3. Lawrence, Jill, "A Study of the Benefits of Raptor Rehabilitation to the Public" (1997).Senior Thesis Projects, 1993-2002

Recent Posts
bottom of page