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Falcohistoria Mariana Janiszewski

EM BUSCA DA HISTÓRIA DA FALCORIA FEMININA NO BRASIL

Passei das Plantas para as aves em 2002, nesse mesmo ano, no 4º período de Biologia, comecei a buscar sobre Falcoaria, pelo meu interesse em estudar aves de rapina e trabalhar com elas, eis que descobri que um professor da própria Estácio, o Môsar Lemos era integrante e um dos diretores da ABFPAR e a partir daí me associei e logo em seguida já aconteceria a Assembléia anual, e fui "na cara e na coragem", só tinha conhecimentos da biologia em geral (taxonomia, ecologia, comportamento), mas zero de treinamento.

A partir daquele primeiro contato, não parei mais, e sempre que possível, tipo toda semana, estava na clínica do Leo, para aprender o que quer que fosse, provavelmente ele nem faz idéia do quanto me ensinou, a forma como observava cada ave, como lidava em diversos momentos com cada uma, seus gestos, seu tempo, tudo, cada palavra que ele me dizia, e cada história e experiência que me contava, por mais que parecesse que nada estava sendo passado em muitos momentos de silêncio, hoje e a muito tempo sei que também captei algo dele que, como tudo mais, levo comigo para sempre!

Dito isso, acho que fica bem claro a quem considero meu mestre falcoeiro, por mais que eu não tenha tido o mesmo nível de aprendizado que outros, muito pela falta de disponibilidade de tempo em ficar sempre dia a dia lá, e por mais q ele negasse q era mestre de alguém. (rsrsrs) Passei a participar ativamente das discussões da Associação a ajudar a promover as assembleias no CETAS/FloNa-IBAMA já que estagiava no Cetas e tinha liberdade e confiança dos chefes para fazê-lo. Em 2004 comecei a trabalhar com o Jeferson no CRAS da UNESA (onde estudávamos) e ficando basicamente como bióloga e responsável pelo bem estar dos animais em recuperação e pela reabilitação das aves de rapina, lá tinha liberdade para fazer o que quisesse, mas tinha as limitações de espaço, zero investimento da faculdade, enfim, fazia o que era possível, então levava as aves para voar em um terreno ao lado da faculdade, que em parte era usado como estacionamento, mas lá pro fundo havia um campo que "dava pro gasto".

Em outras situações sempre optei pela reabilitação visando o bem estar e mínimo estresse para o animal, então em muitos casos, fazia uma adaptação das técnicas da falcoaria para facilitar nosso trabalho e obter sucesso na reabilitação otimizada!

Em meados de 2007 fui convidada a trabalhar no Riozoo, onde ainda tentei com afinco, e sempre que possível adaptar as técnicas de falcoaria, fossem para minimizar o estresse de animais em cativeiro ou para soltura gradual, e constantemente o haking, esse me rendeu fama de mãe de muitos! Depois que sai do Zoo, infelizmente acabei me afastando disso tudo, pois não dá para viver só da satisfação do trabalho bem feito né... Mas enfim, hoje em dia, trabalho como pet sitter, que pelo menos meio que me sustento e ainda mantenho contato com os animais, não exatamente os que eu gostaria nem da forma como gostaria, mas eventualmente, faço palestras sobre bem estar e imprint em animais em reabilitação. E ainda tenho meus sonhos e planos de voltar a fazer o que realmente amo!

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